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Tupi e Excelsior, concessões cassadas e a Globo? Vai perder também?

Quando falamos da pioneira, a TV Tupi, primeiro canal de TV da América do Sul e consequentemente do Brasil, vem um saudosimo estilo Neymar "Saudades daquilo que a gente não viveu.

Quando falam da TV Tupi, o pessoal "Ah! Ela faliu". Parece que era um copo d'agua e que caiu um no chão e quebrou, mas não era. Para não ficar extenso, vamos logo últimos da pioneira. Elas já passava por complicações financeiras gravíssimas, salários atrasado e um clima tenso dentro da emissora, porém ela nunca deixou de fazer o melhor, porém os funcionários ficavam sem esperanças de ter o salário em dia. Para piorar a situação em outubro de 1978, o prédio da TV Tupi pegou fogo em São Paulo, tirou a emissora do ar por alguns minutos e destruiu os novos equipamentos adquiridos pela emissora no mesmo ano, e que nem colocaram para funcionar. Entre 1978 e 1979 a emissora tomou vários prejuízos, como por exemplo o elenco da novela "O Espantalho", de Ivani Ribeiro (exibida pela RecordTV em 1977), processou a Tupi por não pagar os direitos conexos aos atores que trabalharam na trama.

Entre 1979 e 1980, nova greve. A crise chegou a Brasília. O então presidente da República, João Figueiredo, se dispôs a receber uma comissão de dirigentes dos sindicatos envolvidos. A greve durou até o início de fevereiro de 1980, quando a emissora fechou seu departamento de dramaturgia e dispensou os 250 funcionários que trabalhavam nesse setor, foram interrompidas a produção de várias novelas.

Em 16 de julho, faltando apenas dois meses antes de completar 30 anos no ar, a Tupi teve 7 de suas 10 concessões declaradas peremptas, ou seja, não-renováveis. A ultima foi emissora da Rede Tupi a sair do ar, foi a Tupi Rio de Janeiro, canal 6. Em 17 de julho, os funcionários da emissora iniciaram uma vigília de 18 horas, comandada pelo apresentador Jorge Perlingeiro (aquele faz a apuração das notas do Carnaval do Rio) com o objetivo de impedir que o canal fosse fechado. Várias personalidades, como o cantor Agnaldo Timóteo e o humorista Costinha deram apoio aos funcionários. Mas nada adiantou. Às 12:36 de 18 de julho, logo após a exibição de um vídeo da missa do Papa João Paulo II realizada no Aterro do Flamengo e a leitura, feita pelo ator e locutor Cévio Cordeiro, de uma mensagem dirigida ao presidente Figueiredo pedindo para que a estação não fosse fechada, o sinal da Tupi do Rio era definitivamente cortado. Durante o vídeo e a mensagem citados, os funcionários puseram na tela os dizeres "Até Breve, Telespectadores Amigos. Rede Tupi". E, ao fim, aparecia o logotipo da TV Tupi. Uma das frases mais marcantes no dia do fechamento foi: "Nos deixe trabalhar"..

Resumindo a Rede Tupi saiu do ar por problemas financeiros e teve sua concessão cassada pelo então presidente João Figuereido. Anos mais tarde, em 1998, o Grupo Diários Associados, ganhou uma ação indenizatória contra o Governo Federal, e terão de ser indenizados pela intervenção que resultou na perda de 5 dos 7 canais das Emissoras Associadas, que não enfrentavam dificuldades financeiras na época. Somente a TV Tupi de São Paulo e a TV Tupi do Rio estavam com salários atrasados.


Mas foi um caso que foi decido pelo presidente como já foi dito.

A TV Excelsior, de Mário Wallace Simonsen, o caso foi parecido, só que a emissora passou por censura durante o governo militar. As intervenções dos militares deveram-se à fixação militares às empresas do grupo Simonsen, em virtude deste ter apoiado o presidente democraticamente eleito João Goulart, que sofreu um golpe de Estado de 1964, dando início à intervenção militar no Brasil. A censura imposta à imprensa, no caso da Excelsior, era exposta ao público: seus diretores não reeditavam vários programas que tinham partes vetadas pela censura, e, às vezes, exibiam, no lugar das partes censuradas, os seus mascotinhos com as bocas e os ouvidos tapados, com a legenda "CENSURADO", contrariando as ordens de censura.

No dia 30 de setembro de 1970, a TV Excelsior ia ao ar pela última vez. No fim de tarde, por volta das 18h40, Ferreira Neto invade o estúdio, que estava transmitindo o programa humorístico Adélia e Suas Trapalhadas, e anuncia aos telespectadores que o Governo Federal decretara o fim da Excelsior. Naquele momento, na central da emissora, estavam alguns técnicos dos órgãos fiscalizadores Dentel e Contel,que lacraram as antenas de transmissão, tirando, assim, a emissora do ar, já que as concessões dos dois canais da rede (São Paulo e Rio) tinham sido cassadas pelo presidente Médici em 28 de setembro daquele ano.

A TV Excelsior estava completamente esgotada, sem patrocinadores, e com vários problemas internos que não se limitavam apenas às dívidas. Mas ela mesmo tendo criticado os militares continuou um certo tempo no ar, mas a crise financeira culminou na cassação da emissora. Antigamente era assim, se não tem condição de ficar no ar, então tchau!

E a Globo? O que tem haver com isso? Recentemente tem havido grande cortes salários e muitas demissões na emissora da familia Marinho e ela tem perdido verba de publicidade do Governo Federal. Porém a Globo alega não ter tantas dívidas como dizem e também não parece estar muito preocupada com isso.

O que pode tirar a Globo do ar, é algo do artigo 221 da Constituição Federal de 1988

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;

III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Talvez, alega-se que a Globo esteja ferindo os valores éticos e sociais da pessoa e da família, além das acusações de que a emissora carioca sonega impostos com cifras bilionárias, mas financeiramente não é nada que assuste. Mas caso o presidente achar que a emissora está fazendo um desserviço, poderá não renovar sim! Essas renovações acontecem de tempos em tempos e a Globo nunca teve problemas para renovar a concessão. De acordo com o presidente Bolsonaro, a Globo promove a balbúrdia, um mau estar social, o que pode gerar problemas em todas sociedade, pode sim ser um motivo para tira-la do ar.

Talvez você questione: Mas e a democracia? Liberdade de expressão. Isso é subjetivo, mas como foi com as outras, se uma emissora não tem condições de ficar no ar e estar ocasionando problema o certo deveria ela sair. Outra pergunta surge. E aquelas emissoras nanicas, porque não saem do ar?. Não saem porque, não existe ninguém que bata na mesa e tenha pulso firme para tornar perempta uma concessão. O Ministério Público Federal recebeu denuncias sobre a Rede TV e tirou a emissora por 25 horas e foi exibido programas educativos, pois o programa Tardes Quentes apresentado por João Kléber constragia as pessoas com piadas homofóbicas, machistas etc. O caso ocorreu em 2004. Em 2012 a ex-presidente Dilma Rousseff renovou a concessão da Rede TV por mais quinze anos, ou seja até 2027.

Se a Globo em 2022 tiver tudo certinho, com no azul, sem programas apelativos como ela é acusada, ela pode ter sim a concessão renovada, mas se continuar situações que atrapalhem podem não ter.

Porém diferente da Tupi e Excelsior, a Globo pode continuar através da GloboPlay e canais por assinatura, porém perderia um grande alcance de TV Aberta, somente as emissora próprias sairiam do ar.
Seria algo super complicado, mas apesar da Globo ser a segunda maior emissora do mundo não livra ela de perder a concessão.




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  1. Vâo ter que cassar a concessâo de todas as emissoras comerciais...nenhuma delas cumpre esse artigo da Constituiçâo....regime militar é que faz essas coisas..

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  2. Podia cassar a Rede Globo não faz falta

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  3. Concordo com vc...só que não deveria ser somente a Globo....a Record...Band...Sbt...Redetv...Tv Brasil 1 e 2 não fazem falta nenhuma...

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  4. Eu também não gosto da Globo, mas essa matéria sobre ela foi a maior viajem de maionese da historia desse site, se Bolsonaro cassa na hora seguinte a Justiça devolve. E nisso ela tem razão no Brasil e em qualquer país democrático desse mundo, iniciar uma concessão é avaliação do executivo agora cassar não é.

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